ENEM 2020 | #PensinaAprovação: Filosofia
Hoje é dia de #PensinaAprovação! Caso você não saiba o que a hashtag significa, ela consiste em um especial do nosso blog focado em nossos alunos vestibulandos. Dessa forma, periodicamente, disponibilizamos aqui os conteúdos que são historicamente mais abordados no ENEM, tudo elaborado pela nossa equipe de professores experts. No post de hoje, trazemos os conteúdos do #PensinaAprovação: Filosofia, desenvolvido pela pelos nossos professores de Filosofia Eduardo Faria, Ênio Neto e Thais Barbosa.

Ah! Lembre-se que nós já temos mais quatro conteúdos do #PensinaAprovação, fique atento:
Agora confira o conteúdo de Filosofia e vamos com tudo em busca da sua aprovação!
1) A visão realista de política em Maquiavel

Autor de O príncipe, Nicolau Maquiavel discorre sobre assuntos como: a unificação da Itália, conquista e manutenção do poder, tipos de monarquia, vírtú, fortuna entre outros. Assistia em seu tempo um maior questionamento do poder absoluto dos reis ou de alguma dinastia, como os Médici em Florência, uma vez que nascia uma elite burguesa com seus próprios interesses, com a ascensão da ideia de liberdade individual. Questionava-se o poder teocêntrico e desejava-se um príncipe que, detentor das qualidades necessárias, isto é, da virtú, poderia garantir a estabilidade e defesa de sua cidade contra outras vizinhas.
VIDA LONGA AOS INIMIGOS!!! Você é maquiavélico?
O homem maquiavélico é um estrategista, usa sempre estratagemas, tem domínio do seu comportamento, coloca seu saber a serviço de uma finalidade. Há uma a somatória de atributos como: astúcia, intenção, perspicácia, usados sem distração pelo ódio ou ressentimento, visando sua conquista e reconhecimento pelos adversários.
Amoral ou imoral: o que foi Maquiavel?
Em sua obra há separação entre a ética individual cristã da necessidade política (razão de Estado). Esse é o princípio pelo qual a soberania de um Estado não pode ser lesada e pelo qual o soberano não deve hesitar entre medidas cruéis ou não para garantir a soberania da nação e o bem-estar de sua população. A razão de Estado exige quaisquer atos e não tem princípio moral ou ético, somente a necessidade política. Não é imoral ou amoral, é simplesmente política pura.
Atributos de um príncipe: virtú e fortuna
A virtú maquiaveliana significa força, coragem, empenho, obstinação e guarda o significado etimológico de virtude, porém desprovido de um compromisso ético e religioso. A virtú se sobrepõe à fortuna. É a qualidade de um príncipe no comando, nele se concentram as decisões com seus objetivos traçados, sem se melindrar com moral ou quaisquer escrúpulos. A fortuna é a oportunidade, o momento propício , o acaso ou a sorte . É o momento exato do bote para vitimar o inimigo. O príncipe de virtú é favorecido pela sorte ou destino.
2) Descartes – Pensamento moderno: racionalismo x empirismo

“Você já imaginou como seria acreditar em uma coisa durante muitos anos e perceber que estava errado? E se isso que você acreditava como verdade fosse entendido assim por muitos séculos, qual seria sua reação? Descartes e os modernos passaram justamente por isso. A revolução científica promovida por Bruno, Copérnico, Galileu, dentre outros, modificou o conteúdo e a forma de se fazer ciência até então. Era necessário, uma vez mais, buscar um método seguro.”
A busca de um método:
Em uma coisa os pensadores modernos concordavam, era necessário buscar um método seguro, que servisse de base para qualquer um que fizesse ciência a partir de então. Descartes, principal nome do racionalismo, propôs que a única forma de fazer isso era encontrar uma certeza indubitável. Mas completar tal missão não seria fácil, Descartes precisou abrir mão de tudo aquilo que até então tomava por verdadeiro e colocar em dúvida qualquer coisa que tivesse a menor chance de lhe enganar. Surgia assim a Dúvida metódica, que por sua abrangência foi chamada de hiperbólica.
A certeza cartesiana:
Levando a dúvida até o seu limite, Descartes colocou em xeque todas as certezas que cotidianamente tomaríamos por evidentes. Disse ser impossível confiar nos sentidos, por não termos a capacidade de saber quando estamos sonhando e quando estamos acordados. Em seguida, apontou que nem mesmo as verdades matemáticas eram seguras, pois nossa própria consciência poderia nos enganar. Tomado pela dúvida plena, só restou para Descartes investigar o próprio ato de duvidar. O pensador percebeu que duvidar de algo é, obrigatoriamente, pensar em algo, e para que se pense, é necessário um sujeito pensante. Estava evidenciada a sua existência. Descartes então concluiu: Penso, logo existo!
A crítica empirista:
Após concluir como certa a subjetividade, Descartes afirmou que nós já nascemos com um conjunto de compreensões que tornam possível o pensar, as ideias inatas. Essa ideia, e a própria crítica aos sentidos, foi bastante problematizada pelos empiristas. Bacon, outro que também buscava um método seguro, apontava que não era necessário abandonar os sentidos, fundando um método que juntava o pensamento indutivo com a exigência de testes constantes e um grande número de experimentos. Locke e Hume, defensores de que nossas ideias têm origem necessariamente nos sentidos, criticavam a noção de ideias inatas, propondo que quando nascemos nossa mente é como uma folha em branco.
3) Metafísica em Platão

“Um dos nomes mais centrais para a história da filosofia, Platão está na base do pensamento ocidental. Discípulo de Sócrates e herdeiro da tradição grega, ele nos entregou uma vasta discussão sobre a origem do conhecimento. A teoria de Platão na qualidade de um idealismo metafísico no qual as ideias ou formas são compreendidas enquanto substâncias metafísicas que têm uma existência separada da dimensão sensível, nos legou o debate sobre como distinguir conhecimento científico de opinião. Essa leitura deu origem à conhecida distinção entre mundo sensível e mundo inteligível.”
A diferença entre mundo sensível e inteligível
A separação entre física e metafísica anda junto com a teoria platônica do dualismo, onde o mesmo, separa mundo sensível do mundo inteligível. Para o autor, o conhecimento verdadeiro tem origem nas ideias, oriundas da razão, em detrimento do conhecimento sensível, obtido pelos sentidos. O conhecimento para Platão é realístico e a base para a formação de uma sociedade plena.
A essência das coisas
A verdade das ideias é o mais alto grau de conhecimento que o homem pode alcançar. O ser então se apresenta primeiramente como substância ideal, sem dependências de quaisquer elementos acidentais, e sem os erros de compressão provocados pela percepção sensível, a qual é marcada pela mutabilidade. Platão nitidamente foi influenciado pelas ideias Mobilistas e imobilistas Pré-Socráticas de Heráclito e de Parmênides, aplicando a elas o poder de síntese da dialética socrática.
O Mito da Caverna e o Dualismo
O Mito da Caverna representa exatamente esse dualismo metafísico de Platão, dividido entre o Mundo das Ideias e o Mundo Sensível representado pela caverna e as sombras apenas como aparência do que realmente o ser ou as coisas são. O Mundo das Ideias representa o desenvolvimento completo do conhecimento figurado pelo sol, pela claridade e pelo próprio esclarecimento que a filosofia ou a metodologia filosófica nos leva. A dificuldade dos outros homens de sair da caverna é o exemplo do nosso apego aos preconceitos e verdades presumidas. Para Platão a busca da verdade e a capacidade de problematizar suas concepções, é o caminho para uma sociedade plena em seus direitos políticos e pessoais.
Conteúdos assimilados? A gente sabe que você vai mandar muito bem no ENEM 2020, e vamos adorar comemorar juntinho de você o seu resultado, que virá depois de muita dedicação e esforço. Esperamos que você aproveite o #PensinaAprovação, mas não esquece de esclarecer suas dúvidas com os professores, ok?!
Fique atento ao nosso blog. Vamos divulgar os conteúdos de todas as disciplinas e áreas de conhecimento do Exame para você conseguir realizar seu sonho de se tornar um universitário em 2021.
Escrito por:
Agência Titânio