Videogames | Vilões ou heróis na educação?
Todos os dias, somos expostos a inovações e, quando não conseguimos acompanhar essas novidades, acabamos nos tornando ultrapassados em meio à modernização. Com a educação, não poderia ser diferente. Ano após ano, nos deparamos com mais possibilidades e novas metodologias de ensino e, por mais que tenhamos nos acostumado com um modelo tradicional, ainda muito utilizado nas escolas, hoje podemos contar com novas estratégias para potencializar o aprendizado, inclusive o uso de videogames e programação.
Uma dessa estratégias é a gamificação: termo originado do inglês, gamification, que significa utilizar a dinâmica e os mecanismos de jogos, tanto eletrônicos quanto analógicos, em circunstâncias não originais para impulsionar um maior engajamento por parte dos alunos, desenvolvendo, assim, competências socioemocionais como a autonomia e a sociabilidade. Apesar de o método já ser utilizado há muito tempo, por meio de recompensas e progressões, hoje nós temos um diferencial em nossas mãos: a tecnologia.
É inegável a habilidade que crianças e jovens possuem com jogos tecnológicos, por exemplo: os videogames. Diferentemente do que muitos de nós pensamos, não existe literatura ou artigo científico que comprove a hipótese de que jogos eletrônicos dispersem a atenção ou até mesmo interfiram nos estudos. Na verdade, essa prática vai muito além de uma forma de diversão, possibilitando o desenvolvimento de habilidades cognitivas e servindo como uma complementação ao processo de ensino.
O videogame, independentemente de estar relacionado a uma disciplina escolar, estimula a capacidade de percepção, incentiva a tomada de decisões rápidas e precisas, ensina a calcular riscos, além de preparar o psicológico do jogador para que essas diferentes ações sejam desenvolvidas em um curto intervalo de tempo. Se todas essas competências e soft skills conseguem ser exercitadas em um jogo avulso, imagine quando associadas a um assunto específico? 🤯
Para te ajudar a visualizar como algumas técnicas de gamificação podem ser incorporadas à rotina de ensino-aprendizagem, separamos algumas características intrínsecas à prática do videogame:
- Avatar: a criação de um personagem auxilia o aluno a imergir no contexto em questão, se aprofundando ainda mais no tema que será abordado.
- Competição: o desenvolvimento de uma disputa saudável traz benefícios, como a socialização e o respeito, não só para a vida estudantil, mas também para a social.
- Missões e Desafios: ter um caminho a percorrer e ser desafiado ao longo desse percurso gera uma maior motivação e, consequentemente, um maior esforço para vencer.
- Conquistas: completar missões ou conquistar desafios gera uma maior segurança, aumentando, dessa forma, a confiança do indivíduo em si próprio.
- É acessível: existem jogos de diversos valores, não sendo necessário gastar muito para comprar um.
- É recomendado para todas as idades: existem vários tipos de jogos, alcançando crianças, jovens e até mesmo adultos.
- Trabalho em equipe: a possibilidade de jogar em dupla ou em grupo desenvolve o espírito de equipe, ensinando crianças e jovens a trabalharem com seus parceiros.
- Aborda diversos temas em um só jogo: os jogos, além de serem associados a um assunto específico, podem incluir diversos outros ensinamentos, como conceitos de programação ao solicitar a criação de circuitos elétricos.
A verdade é que, apesar de terem sido vilões durante muito tempo, os videogames nos mostram que, por meio de uma prática saudável, podem não só divertir, mas também ser fortes aliados na jornada de aprendizagem. Por isso, cabe aos pais e profissionais da área da educação se conscientizarem e utilizarem essas capacidades naturais a favor de um processo de ensino mais espontâneo e lúdico.
Se quiser saber ainda mais sobre a influencia dos videogames na educação de crianças e adolescentes, clique na imagem abaixo e confira o episódio da Escola de Pais em que nossa psicóloga Ana Coquito abordou o assunto.

Escrito por:
Agência Titânio