ENEM 2020 | #PensinaAprovação: Sociologia
Se você está se preparando para o ENEM 2020, chegou ao post certo! No conteúdo que preparamos especialmente para os vestibulandos Pensi, nossos professores separaram as matérias mais cobradas pelo Exame de acordo com as disciplinas escolares. Esse é o nosso especial #PensinaAprovação! No post de hoje, você poderá conferir os conteúdos de Sociologia. Com ele, nós completamos a área de conhecimento Ciências Humanas e suas Tecnologias. Se você quiser conferir as outros posts referentes à essa área e dicas para uma redação nota 1000, confira abaixo:
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#PensinaAprovação – Especial Redação
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#PensinaAprovação – Especial História
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#PensinaAprovação – Especial Geografia
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#PensinaAprovação – Especial Filosofia
Agora confira o conteúdo referente à Sociologia, preparado pelas nossas professoras experts: Keila Freitas, Jéssica Souza e Monik Ximenes.
1) Sociologia e cultura: etnocentrismo, relativismo cultural e patrimônio
Numa redação, é necessário mobilizarmos conceitos de diferentes áreas do conhecimento de maneira a instrumentalizarmos nossa posição e justificarmos uma proposta de intervenção. Neste post, separamos alguns conceitos-chave que podem ser utilizados para discutirmos a relação entre cultura e sociedade.
Entendendo a cultura
- Cultura é um conceito amplo para as ciências sociais e que representa, de maneira a geral, o conjunto de tradições, crenças e costumes de determinado grupo social. Para o antropólogo Roberto da Matta “cultura é um mapa, um receituário, um código, através do qual, as pessoas de um dado grupo pensam, classificam, estudam e modificam o mundo e a si mesmas”.
- Deste ponto de vista, a noção de cultura está relacionada as formas de classificação e interpretação da realidade, perpassando todas as ações dos indivíduos. Mesmo comportamentos tidos como “naturais” são construídos a partir de uma herança cultural.
Diferenças entre etnocentrismo e relativismo cultural
- Etnocentrismo é um conceito criado pelo sociólogo americano William Summer (1840-1910) que se refere a tendência a considerar apenas seus próprios valores como parâmetro de julgamento ao analisar diferentes manifestações culturais. Contrapondo-se a esta posição, o relativismo cultural atualmente defendido pela antropologia concebe que não devemos hierarquizar diferentes culturas ou etnias em “civilizadas” ou “incivilizadas”; evitando desta forma, a emissão de julgamentos morais.
- O processo de multiculturalismo observado como consequência da globalização, expõe a necessidade de refletirmos sobre a importância da tolerância em relação culturas diferentes que coexistam em determinado território. Muitas vezes, a perseguição direcionada a indivíduos de diferentes etnias é justificada por um sentimento de nacionalismo e rejeição ao outro.
Patrimônio Cultural
- O conceito de Patrimônio Cultural apreende o conjunto de elementos mais representativos da memória coletiva de determinado grupo social e que por seu valor deve ser preservado pelo poder público. O patrimônio se relaciona a construção e manutenção do sentimento de identidade e da memória nacional.
- Após um longo período de reivindicações de ativistas do movimento negro em nosso país, o Quilombo dos Palmares foi reconhecido como patrimônio nacional em 1985. A preservação da memória dessa região emerge no contexto de valorização das múltiplas identidades culturais que compõem o Brasil na crítica de uma História de feição eurocêntrica.
- No Brasil a patrimonialização e o tombamento são de responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), criado em 1988. No âmbito internacional, A UNESCO é responsável pela identificação, proteção e preservação do patrimônio cultural e natural da humanidade.
2) Visão sociológica das mudanças no mundo de trabalho
Você já pensou que ao trabalharmos construímos nossa existência, bem como nos construímos enquanto sujeitos e cidadãos? Da manufatura, passando pela introdução de máquinas e equipamentos modernos até o trabalho precário presente no contexto da globalização, é preciso entender estes processos e suas consequências.
A importância do trabalho
- Como dizia Hegel, o trabalho é formador de consciência individual e social, ou seja, quando transformamos a natureza e produzimos algo, estamos satisfazendo não apenas nossas necessidades, mas as dos outros também. O trabalho humaniza e socializa o homem nas mais variadas sociedades.
Os modos de produção
- Produzir é um processo historicamente determinado. Como analisou Karl Marx, o Ocidente construiu modos de produção escravocrata, servil e capitalista em uma sequência lógica, resultante dos conflitos presentes entre donos dos meios de produção e não-donos dos meios de produção (trabalhadores). Aliás, cada grande conflito estabelecido em um modo de produção fez nascer um novo jeito de produzir e transformou a sociedade.
O trabalho em tempos de globalização
- Após experimentarmos sistemas produtivos como o taylorismo, o fordismo e o Toyotismo (todos exigindo trabalhadores especializados em funções e ágeis), estamos vivendo a Era da globalização, marcada pela descentralização da produção em escala global (visando reduzir custos) e pela precarização das relações de trabalho (utilização de trabalhadores autônomos e temporários, por exemplo). Emergiram os subempregos, os trabalhadores informais e a flexibilização de direitos.
3) Sociologia: papel do Estado e as relações de poder
Já parou para pensar em quantos momentos do dia você precisa colocar em prática sua habilidade de exercer poder sobre outras pessoas? Em que momentos da sua vida você exerce poder ou se submete ao poder de alguém? Ter poder é ter o direito de decidir, deliberar, agir, fazendo prevalecer sua vontade sobre a de outros e, dependendo do contexto, exercer autoridade, soberania, domínio com o uso da força.
Max Weber
- Intelectual alemão, considerado um dos fundadores da Sociologia, Max Weber (1864-1920) acredita que, para que um Estado exista, é necessário que um conjunto de pessoas obedeça à autoridade alegada pelos detentores do poder no referido Estado. Por outro lado, para que os dominados obedeçam, é necessário que os detentores do poder possuam uma autoridade reconhecida como legítima. Para Weber, o Estado é responsável pela organização e pelo controle social, porque detém o monopólio do uso da violência legítima, ou seja, só o Estado pode se utilizar da força para manter a ordem social. Sua formulação teórica busca: i) Compreender os conceitos de poder, política e Estado moderno; ii) compreender as diferentes formas de exercício do poder e da dominação, identificando os tipos ideais de dominação legítima.
Conceituando o poder
- Em seu significado mais geral, a palavra “poder” designa a capacidade ou a possibilidade de agir com o intuito de atingir objetivos ou ampliar alguma vantagem ou benefício de um indivíduo ou grupo. O poder permeia todas as relações humanas na vida em sociedade. Hoje, em nossa sociedade, o Estado é a instância, por excelência, do exercício do poder político, concentrando diversos poderes: as forças armadas e o monopólio do uso da violência; a estrutura jurídica; a cobrança de impostos; a administração burocrática do patrimônio público. A centralização e institucionalização desses poderes caracteriza o Estado moderno.
Conceituando o Estado
- O Estado é uma ordem legal, uma associação que proporciona liderança política. A função básica do Estado é manter a ordem social e promover o bem-estar geral. O Estado é a única instituição social que possui o direito do uso legítimo da força física. Só o Estado pode usar de coerção, através de instituições como o Exército e a Polícia, para que a ordem social seja mantida. Para que uma região geográfica seja considerada Estado, é necessário que haja quatro elementos básicos: povo, território, governo e soberania.
Esperamos que o conteúdo do nosso especial ENEM 2020 #PensinaAprovação – Sociologia ajude seu sonho de se tornar um universitário em 2021, mas lembrem-se: é fundamental tirar todas as dúvidas com os professores, manter uma rotina de estudos adequada e se dedicar muito! Vamos com tudo em busca do seu sonho da aprovação!
Escrito por:
Maira pinheiro